terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

... e sossega.

Repete: Pensa no que pode ser doce, guarda e sossega. Às vezes tem de ser mesmo assim, é preciso escolher no que pensar. Não para enfiar a cabeça na areia e não ver, mas porque somos peritos em pregar partidas a nós mesmos e estragar o que até não está mal. Porque a zanga é veloz e matreira, e consegue, antes do amor, pensar em enfiar a unha afiada num pescoço, caçar a jugular e esticá-la até que... puff!
Pensa no que pode ser doce, guarda e sossega. Só depois será tempo de fazer o que houver para fazer. Se for caso disso.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Nem tanto ao cão, nem tanto ao gato

Dei com isto partilhado por um amigo no facebook e foi como que uma espécie de bofetada. É que sou do tipo cão quando toca a arregaçar mangas e meter a mão na massa. Faço, faço com dedicação canina e muitas vezes não tenho patas, quero dizer mãos, a medir. Tudo com sorriso nos lábios e genuína boa vontade. Pior mesmo, é depois constatar que o gourmet creamed salmon é a gata que o leva.
Mais uma coisa para resolver cá tra me e me. É que não quero mudar. Quero é deixar me importar com a gataria.

Pata na poça

Se há coisas que detesto que me aconteçam, falar ou fazer quando devia estar calada ou quieta é uma delas. Tiram-me o chão, apetece-me desandar e não voltar. Mas não é assim que se resolve o que quer que seja. Mais vale dar a cara e a mão à palmatória, pedir desculpa e fazer por aprender a lição.
O mais difícil, porém, é fazer as pazes cá dentro. Sempre.

[desconfio que vou andar de trombas o dia todo. outra asneira]

domingo, 29 de janeiro de 2012

Desculpas


É com uma destas que vou ter de tentar safar-me quando na terça feira não tiver o capítulo do livro revisto.

[a vadiagem no computador até às quinhentas paga-se]

Remediozinho santo

Com uma coisinha destas na língua podia até ser que em vez de tanto falar (e ter sempre razão) se limitasse a andar com a língua de fora com o piercing para trás e para diante. Isso é que era uma coisa bem feita.
[e um sossego para os meus ouvidos]

É urgente Paris

Mesmo que aqui já à porta, pouco importa onde. Interessa não deixar fugir os dias, interessa não adiar a vida. Ou a parte dela que queremos e (ainda) nos falta.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Não é nada disso

E, muitas das vezes, não é realmente.
Tenho cá para mim que me magoo muito mais pela leitura que faço do que me dizem do que pela real intenção de quem falou.

[é tempo de mudar]

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

É contigo

Sim, contigo. Não contigo sendo tu o outro, mas contigo mesmo. É a ti que compete ser, para ti mesmo, toda esta alegria, esta vontade de sorrir, esta força. Senão não serás mais do que um fardo nos ombros de alguém. De alguém que, mesmo que agora veja peixes verdes nos teus olhos, cederá ao cansaço de te fazer feliz.
O recado é só um: Basta-te.

[É que o bolo de que se gosta não é aquele que precisa que lá coloquemos a cereja. É aquele que já a traz. If you know what I mean.]

segunda-feira, 6 de junho de 2011

(fug) Indo?

[desconfio que há estradas que não têm fim e lugares que nunca serão encontrados]

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Li...


... que a única oportunidade que os adultos têm de achar que têm o melhor do mundo acontece quando se apaixonam.
Em tudo o resto tornou-se impossível. Ninguém acha que tem a melhor casa, o melhor carro, o melhor emprego do mundo, falta sempre alguma coisa, algum detalhe podia ser melhorado. Mas quando um adulto se apaixona, não. Quando um adulto se apaixona, então tem a certeza de ter o melhor do mundo. O seu homem ou a sua mulher estão acima de qualquer outro ou outra. São os melhores do mundo. Com toda a certeza.

[com toda a certeza, mesmo]

segunda-feira, 23 de maio de 2011

P'ra escrever 500 vezes...



... até que aprenda, e aprenda a calar-me. Calar-me num silêncio que não seja mordaça, mas paz. Por não ser preciso lembrar, nem bradar ao vento. Por ser sabido, respirado e vivido sem margem para dúvidas.

"A admiração exalta, o amor é mudo"
[diz, tão bem, o povo]

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Breathe in deeply...

... and shush, stay. Firmly and quiet.
O amor é, de facto, feito de calma, paciência e da capacidade de respirar fundo e entender, mais do que daquilo que o outro precisa, do que não lhe faz, mesmo, faltinha nenhuma naquele momento. É feito também de constância, de concentração naquilo que realmente importa, quando à nossa volta tudo se agita.

[E é tudo possível. Garanto.]

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Le love

Que não devemos tomar o do outro por nós como certo, é mais que sabido. Tal como o nosso pelo outro - desengane-se quem jura a pés juntos que não é assim - não é incondicional.
É que o amor, a tal coisa do coração, vive na nossa cabeça e explica-se. Explica-se e percebe-se, mas só para quem se der ao trabalho. Feito isto, só não cuida do amor que tem, quem for tonto. Ou não o quiser. E nesse caso o fim está garantido.

[digo eu]

segunda-feira, 2 de maio de 2011

...


... c'est moi.
É o que se descobre quando se inspira profunda, profundamente. Tanto, que os pulmões ficam cheios, cheios de ar, felizes, num abraço apertado das costelas.

[quem é consegue não se oferecer um sorriso depois disto?]

Tu m'aimes, moi non plus

Não creio que as haja piedosas se piedade é coisa que não nos interessa e o que realmente queremos é que nos olhem nos olhos e nos digam, a direito, sem rodeios, a verdade.
Esta última, por muito dolorosa que seja, não se compara à humilhação de não termos merecido por parte do outro um tratamento digno.

[acontece]