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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Pata na poça

Se há coisas que detesto que me aconteçam, falar ou fazer quando devia estar calada ou quieta é uma delas. Tiram-me o chão, apetece-me desandar e não voltar. Mas não é assim que se resolve o que quer que seja. Mais vale dar a cara e a mão à palmatória, pedir desculpa e fazer por aprender a lição.
O mais difícil, porém, é fazer as pazes cá dentro. Sempre.

[desconfio que vou andar de trombas o dia todo. outra asneira]

segunda-feira, 6 de junho de 2011

(fug) Indo?

[desconfio que há estradas que não têm fim e lugares que nunca serão encontrados]

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Tu m'aimes, moi non plus

Não creio que as haja piedosas se piedade é coisa que não nos interessa e o que realmente queremos é que nos olhem nos olhos e nos digam, a direito, sem rodeios, a verdade.
Esta última, por muito dolorosa que seja, não se compara à humilhação de não termos merecido por parte do outro um tratamento digno.

[acontece]

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Pecado mortal. Um deles.

Respiro. Fundo. Aprendi que a inspiração profunda e lenta, seguida da expiração ainda mais profunda e mais lenta liberta. Vão-se os humores maus.
Mentiria se dissesse que nada me mói. Mói. Mói e dói. Mas passa. E passa cada vez mais depressa porque, afinal, é a mim que compete decidir o que me ocupa e ao que me dedico. E aqui, eu escolho o que realmente importa, escolho aquilo a que chamo bem, e que é o que me acrescenta e àqueles que amo. Em felicidade.
Veio isto a propósito de uma chazada azeda e um tanto raivosa que recebi de quem quis ser tido como especial ditando regras, decidindo o que quer receber, julgando que a sua simples presença já seria motivo de gáudio e gratidão eterna aos céus. Alguém que não percebe, ainda que dito de forma clara, tão clara como um Não pode ser, que na vida das pessoas não temos o lugar que queremos mas aquele que conquistamos. Alguém que não percebe que o amor não se impõe. Pior, alguém que não entende que ao amor não se acena com promessas de vida confortável e desafogada. O amor acontece. Ou não. Apenas. E se não acontece, paciência. Aí, ou se conserva a amizade ou, se não se conseguir, porque não se ser querido por quem queremos custa muito (been there, got the t-shirt to prove it), afastamo-nos. E voltamos à vida, que é tão breve e tão preciosa para ser desperdiçada.
O que não concebo nem aceito é que quem sempre foi clara, quem sempre disse Não esperes isso de mim, passe, no momento em que por fim se faz luz, de bestial a besta. Por isso, amiguinho, faz agora comigo, sim? Breathe in, slowly, deeply... E agora... breathe out, even more slowly...
É que a raiva é constritora e mata lentamente quem não sabe lidar com ela, tá?

Para além de ser pecado. Mortal. Mesmo. Está provado.

sábado, 28 de novembro de 2009

Anecúmena, eu

... vá-se lá saber porquê.

Ou até sei, mas é cá comigo.
Há dias que se escrevem com n. N de negro, de não, de neura!

domingo, 4 de outubro de 2009

Escolhas?


Vi-as sentadas à beira da estrada, uma após outra, à sombra dos pinheiros. Ambas numa espera displicente, própria de quem não quer o que espera que venha. Eram as duas miúdas, garotas de rosto fresco, quem sabe da idade das minhas filhas, feitas mulheres. Mulheres de vida fácil, como sairá da boca de gente que só pode não saber o que diz.
E eu, cada vez que vejo isto, sinto que sufoco. Depois passa-me, porque na minha pequenez todas as dores alheias se desvanecem. Passa-me a dor e fico só a sentir-me em falta. Porque dia após dia, não importa quanto faça, estarei sempre dando menos do que recebi- a possibilidade de escolher. De facto.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Fora

Fora de horas, fora do tempo, fora do espaço, sou de fora.
De fora daqui,
de fora de tantos lugares,
de fora de mim.
Quero-me de volta ao que chamo de meu, tenho saudades.
Não se morre de saudades, sempre achei, tal como não se morre de amor.
Não se morre de amor, é verdade.
Apenas da falta dele.
Devagarinho.
Ou nem por isso.

domingo, 12 de julho de 2009

Ai os olhos...

Sabia que existem, claro que sabia. Mas não tinha visto. E os olhos, pelo menos os meus, não são só o espelho da alma, são também a porta. Por onde entrou esta realidade que se agarrou, por dentro, ao peito e não se descola.
A cidade vibra de uma vida puxada ao limite como se não houvesse amanhã. É assim que sinto a Cidade Maravilhosa. A natureza magnífica, as montanhas e o mar, abraçadas pelo Cristo voltado para sul. Nas suas costas, trepando os morros cresce o maior mal da humanidade: a pobreza.
Ai os olhos, os meus, os do resto do mundo, que tão facilmente vêem só o que querem. Miseráveis que somos por sermos capazes de conviver, impávidos, com tudo isto.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Não terei


Não sei como reagir a notícias destas. Fico perto da apatia, que deve ser uma espécie de negação calada. Primeiro pareceu-me que tinha deixado de ouvir para, depois, o silêncio ser lentamente tomado por um ruído grave e crescente que me faz tremer o peito por dentro. As avalanches devem ser assim, quando se ouvem ao longe. Depois avançam furiosas, cobrem tudo e instala-se a escuridão debaixo do manto branco.
Abri o e-mail a correr, queria mandar-lhe fotos e dizer que sim, que me rendo, que a neve também é, a par com pôr copos a boiar, o máximo como ele diz. Adiantou-se-me, para me dizer, em poucas linhas, Pois, fizeram-me o tal exame, estou a escrever-te do hospital e assinou, como sempre, Enviado a partir do meu iPod. Fiquei quieta a ouvir chegar a avalanche, que afinal é água que enche o peito e transborda.
Não sei reagir a coisas destas, não sei o que se diz. Sinto a pequenez das minhas queixas e a convicção de que, mais do que nunca, o tempo tem de ser de esperança, aquela que tento aprender e de que me sinto tão ignorante.
Corri para lá com uma pressa solitária contra a cidade indolente. Ao meu Posso? devolveu Olha, olha, a mata-esfola. Entrei. Não tenhas medo disto, eu safo-me. Não tenho, menti. Depois rimo-nos e planeámos dias ao sol com todos os E se? arredados.
As horas nos hospitais correm lentas, mesmo naqueles com ambiente zen, e a nossa urgência não ecoa. Ecoa só a avalanche trazendo todos os E se? de que não quero ouvir falar.

Não terei medo.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

A quem me faz feliz

Nos últimos tempos parece-me que o que mais tenho feito é despedir-me de pessoas de quem gosto. No momento é como se tirassem bocadinhos de dentro de mim, sinto-me esvaziar. Mas depois sereno, já não me desespero. Percebi há já algum tempo, diria anos, que toda a presença é precária, que toda a vida é precária, e que a perda, a mudança ou a transformação têm muito mais chance de ocorrer do que a permanência. Aprendi também a aceitar os outros tal como são e a não esperar deles mais do que lhes é possível dar, desde que assimilei a minha própria inconstância, o turbilhão que são tantas vezes os meus sentimentos e as minhas limitações. Vivo melhor. As lágrimas lavam e o riso dá brilho, aceito-os tão graciosamente quanto vou sendo capaz. Metade do mundo perfeito está encontrado e a outra metade seguir-se-á. O Amor em Paz.



Achei durante muito tempo que não encontraria esse Amor em Paz (que costumava ouvir na voz da Paula Morelenbaum) mas também isso mudou quando percebi que procurava de forma errada. Ocorre-me a história da mulher preguiçosa a quem uma fada promete enviar dez anõezinhos invisíveis para ajudá-la nas tarefas domésticas e que só no final do dia, com a casa toda arrumada sem ter posto a vista em cima dos anões mas confiando que eles lá andavam, percebe que a ajuda esteve sempre na ponta dos próprios braços. Enfio a carapuça, é a mim mesma que devo encontrar antes de mais e assim vou aprendendo a consertar o meu coração.



Gosto deste moço, de quem ouvi numa canção

Sigo o meu caminho
Mas não vou sozinho
Trago esse meu coração que diz
"Amo as estrelas, amo certos olhos
amo a quem me faz feliz"

E porque há quem me faça feliz e esteja de partida, hoje foi dia de festa. Não choro nas despedidas, é desperdício. Ao invés, haja alegria, esteja cada um no seu melhor. Não haverá falta na ausência.

Ausência

Por muito tempo achei que ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém rouba mais de mim.

Carlos Drummond de Andrade

O N voltará e haverá festa no regresso. Porque ele diz, a nosso respeito, eles são malucos mas a família não sabe e eu, moça mais comedida, digo que nada disso, que apenas quando um diz mata já o outro está a esfolar. Mais ou menos como no video aí abaixo. Ah!... e esses copitos da Duvel, flutuam melhor que as flutes. E há um armário cheio de copos alinhados para a prova de natação. Aqueles 24, todos diferentes, da peregrinação às brasseries belges...



Já nós... nunca te tive, não tenho como sentir-te a falta. Explica-me, então, que dor é esta que sinto quando me rio?

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Não são como divãs


Estive lá com a miúda mais pequena, que foi campeã dos achados mais estranhos: um lava-loiças, vários garrafões, quatro grades cheias de garrafas de vinho, tudo vazio claro está, e uma arca de madeira (sem tesouro). Tudo nas dunas, à beira mar. A praia estava pejada de caixas de esferovite, invólucros de bastonetes luminosos e restos de fio de pesca e anzóis deixados pelos pescadores, prontos a fisgar um calcanhar azarado. E garrafas de plástico às centenas. Fico-me por aqui na descrição, quem já foi à praia, a uma praia qualquer, sabe o que lá há.
Numa manhã, um grupo de várias dezenas de voluntários varreu a praia numa distância de 1,5 Km e apanhou lixo que deu para encher um camião.
Acho difícil não se gostar do mar, da praia, da areia dourada, dos tons de azul e verde do céu e do mar. Da brisa, do cheiro da maresia, do som do rebentamento das ondas, das dunas, das conchas, do sol na pele. E depois há estas coisas, que roçam o incompreensível - não se cuidar daquilo de que se gosta. É que quem suja é quem lá vai. Gente que vai à praia porque gosta. Têm razão os que dizem que a estupidez é um tema inesgotável - é que não tem limite.

Mas havia crianças a limpar a praia, muitas. E por isso, também, esperança.

domingo, 7 de junho de 2009

Não m'espanto


mas m'avergonho dos números da abstenção.
As minhas adolescentes não compreendem como pode ser tão mal cuidado um direito que custou tantas vidas a conquistar. Ouvi-lhes a indignação e os relatos da luta pelo direito ao voto por parte das mulheres. Ouvi-as calada. Não soube explicar-lhes porquê, não encontro argumentos válidos para justificar este baixar de braços. Sendo um direito de cada um, não me parece que isto seja realmente exercício consciente de um direito, parece-me demissão. Aflige-me o exemplo que estes pais, os que o forem, dão aos filhos - a geração que nos governará dentro de vinte anos ou menos. Depois falámos de liberdade e da responsabilidade que lhe está associada e sem a qual a dita liberdade é pouco mais do que uma miragem. Porque quando não sabemos o que queremos nem para onde queremos ir, surgirá sempre alguém que o decidirá por nós. E não se iludam, meninos e meninas, que não será um príncipe bondoso e valente montado num cavalo branco como nos contos de fadas, há-de ser alguém com um cajado a distribuir bordoada pelos lombos.
Pergunto onde estiveram hoje e o que fizeram os milhões de descontentes. Acho que no sofá ou no Algarve a gozar uma mega ponte, porque a crise é intermitente. Cada vez mais tenho vergonha do povo apático, ignorante e de memória curta que somos.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Não esperes nada de mim


Não esperes nada de mim. 
Não tenho regaço, não sei que fiz do colo nem dos braços que te aguardavam, não sei onde os deixei. Não preciso deles, já não te espero. Como não te encontrarei se te vir. Não to tinha dito ainda mas por vezes tento recordar-te e já não consigo.

Não esperes nada de mim, não me esperes. Não saberia reconhecer-te.

Obrigada, Tempo.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Fim da linha


O mil folhas, como chamei à tarefa a que me propus este semestre, pelos meus alunos e por mim também, terminou ontem. Tal como lhes e me prometi, construí um texto que os guiasse pelos assuntos que decidi abordar. Persegui o objectivo como um cão de fila, não "pendurei" na web um único capítulo com minutos de atraso, sequer, no intervalo entre a aula teórica e a aula prática. Cumpri escrupulosamente a minha parte.
Hoje dei a última aula. Presentes no início, apenas duas alunas dos 22 alunos inscritos. Dois pares de olhos que só por breves instantes consigo que fixem os meus. 
Dei o melhor de mim, nunca tinha trabalhado tanto nem com tanta dedicação. Está tudo aqui. Os textos de apoio, os exercícios, as soluções, os scripts dos programas que fiz. 

O semestre está no fim e sinto uma espécie de vácuo, de depressão pós-parto, de um eventual nado morto. 

Apetece-me chorar e acho que é isso mesmo que vou fazer. É que se ao menos tivessem aprendido que não se desiste assim, sem mais nem menos...

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Ficar


Há dias em que acordo com urgência de partir para não voltar. São dias de raízes soltas, que não é como as raízes se querem. Atribuo-a à falta de chão que seja meu, que se cultivasse terra esta vontade não voltaria. Tudo é móvel ou acessório menos a terra.

Essa vontade de partir que surge por tanto querer ter por que ficar. Por tanto querer ouvir fica.
Que é o que terra de que eu cuidasse me diria.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

It takes two


Sempre gostei de palavras. Minto, nem sempre. Sempre as usei muito, isso sim. Em criança, apesar de falar pelos cotovelos, as palavras não eram senão a ferramenta que me permitia fazer perguntas e nunca me encantaram por si só. De resto, a imaginação que emprestava à elaboração de teorias e ficar pendurada de cabeça para baixo eram o que mais me divertia. Só muito mais tarde comecei a gostar verdadeiramente das palavras - foi quando percebi que deveria falar menos e pensar mais, coisa que assimilei mas que ainda não aprendi a colocar em prática tanto quanto gostaria.

Passei a falar menos, é certo, mas passei a escrever. Agora estou à espera de deixar de escrever, de pensar apenas. E só. Quero perder a sensação de inchaço que me obriga a pôr as coisas cá fora depois de (mal) filtradas. Aspiro tanto ao silêncio tranquilo de quem não sofre por miudezas...

Aspiro a ele mas não é desta. Desde esta manhã que há uma palavra que preciso deitar cá para fora: comprometimento.

Comprometimento.

Ou compromisso, que é a mesmíssima coisa, atesta o Priberam. Gosto mais da primeira forma.
Basta olhar para ela para se perceber o que significa. Senão, vejamos - comecemos por parti-la em duas - com + prometimento. Ou seja, algo que se fez em conjunto (com) + prometimento, ou seja, promessa. Um compromisso ou comprometimento é, pois, algo que duas pessoas (ou entidades - mas que acabam por, de alguma forma, ser personificadas) assumem. Assumem e devem cumprir, como pessoas de bem que todos fazem questão de frisar que são. Até o Estado.

E anda este bater de tampas por aqui porque a M., que é minha aluna de mestrado, inteligente, talentosa, de espírito aguçado e trabalhadora, está a rebentar pelas costuras. Porque é ela que quase sempre a sós cuida de uma promessa que não fez sózinha. Da promessa, dos três filhos, do trabalho precário, da tese. Deixei de lhe perguntar "como vai?" quando chega porque nessas alturas os olhos brilham-lhe demais. Não perdemos tempo em lavagens de alma, temos mais que fazer, temos um compromisso: eu de orientá-la, ela de fazer a tese. E não é desta que deixaremos de ser pessoas de bem.

Entregou-me a primeira versão completa da tese. Dedicou-lha e aos filhos. Coisa de que ele se gabará aos amigos. Ou talvez não.

domingo, 10 de maio de 2009

O que vejo cá de cima


Dar a devida importância às coisas, separar o essencial do acessório e focarmo-nos no primeiro, parece-me ser um dos mais difíceis exercícios a que somos sujeitos constantemente. E, curiosamente, apesar da frequência com que a ele nos sujeitamos e do quão mal sucedidos somos, parece haver uma certa cegueira relativamente à questão e não nos preparamos devidamente para um melhor desempenho na vez seguinte.
Acumulamos objectos desnecessários, dispersamo-nos quando deveríamos trabalhar com afinco e, pior, gerimos mal as relações humanas - damos primazia aos detalhes desagradáveis, criticamos sem sermos construtivos mais do que elogiamos ou ajudamos, zangamo-nos mais por um pequeno mal do que nos alegramos por um bem maior. Existe o bota abaixo mas ninguém ouviu falar do bota acima. Praticamos a auto-indulgência e pensamos que os maus são sempre os outros. 
O resultado é o cansaço, a saturação, o fim da tolerância (qual?). É o afastamento, são as portas a fecharem-se. São os laços tão ténues que se desfazem à mínima tensão. É a descrença, a falta de confiança. São pessoas sós dentro de portas ainda que com amigos fora delas. São pessoas que vivem no seu castelo, construído com as pedras que, pensam, lhes foram todas atiradas quando a maioria são as que andaram a desenterrar. Pessoas que vivem no cimo das colinas...

terça-feira, 28 de abril de 2009

Band aid?



A busca prossegue.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Se até agora...

Nada sacia um espírito atormentado pela desconfiança e pelo ciúme. E se os há com razão para tal, também existem aqueles (e tenho para mim que serão a maioria) que, fruto da sua insegurança, não estão tranquilos nem quando o objecto do seu querer está debaixo de olho. É que há, ainda, espaço para o Estás aqui, mas não sei em que estás a pensar...

Não sei se tem cura, só sei que vivem num inferno e infernizam a vida de quem tenta viver com eles. Isto eu sei. Como sei que não há argumento que os convença. Resta-nos dizer




If you don't know me by now
You will never never never know me

All the things that we've been through
You should understand me like I understand you
Now girl I know the difference between right and wrong
I ain't gonna do nothing to break up our happy home
Oh don't get so excited when I come home a little late at night
Cos we only act like children when we argue fuss and fight

If you don't know me by now (If you don't know me)
You will never never never know me (No you won't)
If you don't know me by now
You will never never never know me

We've all got our own funny moods
I've got mine, woman you've got yours too
Just trust in me like I trust in you
As long as we've been together it should be so easy to do
Just get yourself together or we might as well say goodbye
What good is a love affair when you can't see eye to eye, oh

If you don't know me by now (If you don't know me)
You will never never never know me (No you won't)
If you don't know me by now (You will never never never know me)
You will never never never know me (ooh)



segunda-feira, 20 de abril de 2009

Até que (o fim d)a cegueira nos separe


O Bagaço Amarelo escreveu isto:

"Hoje os meus olhos começaram a arder de um momento para o outro e deixei de ver durante largos minutos. Estava na estação de Campanhã, no Porto, e senti-me imediatamente perdido. Um homem deu-me o braço para me conduzir até à farmácia mais próxima, não muito longe dali mas difícil de atingir quando não se vê nada.A sensação de desconforto e desamparo é enorme quando as coisas surgem assim sem aviso, mas bastou-me ouvir uma voz com disponibilidade para me ajudar que me senti logo mais calmo. Acho que há qualquer coisa disto no amor entre duas pessoas. Tentamos ter alguém para não nos sentirmos assim perdidos. O amor não é inútil."


Ao estilo do Bagaço:

Ela: Estou contente que tenhas decidido fazer as obras. Valeu bem a pena termos gasto nisto as nossas férias.
Ele: É verdade. Sem ti teria desistido de aplicar o chão flutuante. És boa nisto.
Ela: Obrigada. (...) Quero pintar um quarto lá em casa. Acompanhas-me?
Ele: Sim...

No dia das pinturas em casa dela:
Ele: Se querias que eu pintasse porque é que estás com o rolo na mão?
Ela: Porque quero que façamos isto os dois.
Ele: Mas se sabes fazer, não estou aqui a fazer nada.
Ela: Estás. Estamos a fazer isto juntos.
Ele: Só vim porque pensei que não eras capaz de pintar, mas afinal é pior - consegues, mas o que não queres é estar sozinha. Pensei que eras autónoma mas enganei-me, és igual às outras.

O Ela fui eu. Ceguei naquele momento, nunca mais o vi com os mesmos olhos - os meus.
Ou isso, ou abri os olhitos...