
A cidade vibra de uma vida puxada ao limite como se não houvesse amanhã. É assim que sinto a Cidade Maravilhosa. A natureza magnífica, as montanhas e o mar, abraçadas pelo Cristo voltado para sul. Nas suas costas, trepando os morros cresce o maior mal da humanidade: a pobreza.
Ai os olhos, os meus, os do resto do mundo, que tão facilmente vêem só o que querem. Miseráveis que somos por sermos capazes de conviver, impávidos, com tudo isto.
3 comentários:
Compreendo. Essa salta aos olhos (do corpo), mas a que mais dói é a que se vê com o coração.
Excelente post, fiquei siderado. De "maravilhosa", a realidade que se pode experimentar nessa cidade é muito parca. Não sei quem é, afinal, mais miserável, se os púdicos que a apelidam de maravilhosa, se os seres que aí vivem, envolvidos no nojo da marginalização de quem tudo tem, tudo lhes tira e nada lhes dá.
A geografia é extraordinária, a natureza rica, a terra fértil. Pobres, de uma forma ou de outra, são quase todos - uma maioria que nada tem e uma minoria que não só não dá como ainda tira. Sobram alguns, remando insistentemente contra a maré. Numa cidade que poderia ser maravilhosa.
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