sexta-feira, 5 de março de 2010

Will I still...

Vou à janela quando sais.
Faço-o desde sempre, porque sim, porque há uma força qualquer que me impele para lá. Fico encostada a ver-te afastares-te, a diminuires de tamanho, até deixar de te ver quando dobras a esquina. Enquanto o frio da pedra não me desperta deixo-me ficar encostada, com os olhos postos no ponto onde desapareceste, num misto de saudade e de sensação de paz. Ou se calhar apenas de alívio, com o sentimento de ter feito tudo bem até ao fim. Como se já não fizesse mal que não voltasses. Ou que voltasses e já não me encontrasses.

Não sei, não quero saber, coisa alguma sobre o futuro.

5 comentários:

Alexandra disse...

Ámen. :-)

Mutante disse...

Não me mimes com améns que me estragas. E olha que sei o que digo. Vês? Vês a presunção?

Alexandra disse...

Nunca tive medo de mimar ninguém. Tal como tu, pelos vistos. O sentimento de dever cumprido é superior à presunção. É merecido. :)
http://infuturum.blogspot.com/2010/03/felicidade-com-lagrimas.html

Mutante disse...

Mmmm... presumo, então, que seja teu dever mimares-me!

(Há sítios onde a isto se chama virar o bico ao prego. Ou desconversar. Ou armar-se em parva.)

Alexandra disse...

Nada disso. É apenas outra perspectiva do mesmo assunto. Claro que é meu dever mimar-te. Tens dúvidas? Só que também tenho aqui agora o loiro a puxar-me para que o mime também... e lá vou eu...