domingo, 29 de janeiro de 2012

Remediozinho santo

Com uma coisinha destas na língua podia até ser que em vez de tanto falar (e ter sempre razão) se limitasse a andar com a língua de fora com o piercing para trás e para diante. Isso é que era uma coisa bem feita.
[e um sossego para os meus ouvidos]

É urgente Paris

Mesmo que aqui já à porta, pouco importa onde. Interessa não deixar fugir os dias, interessa não adiar a vida. Ou a parte dela que queremos e (ainda) nos falta.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Não é nada disso

E, muitas das vezes, não é realmente.
Tenho cá para mim que me magoo muito mais pela leitura que faço do que me dizem do que pela real intenção de quem falou.

[é tempo de mudar]

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

É contigo

Sim, contigo. Não contigo sendo tu o outro, mas contigo mesmo. É a ti que compete ser, para ti mesmo, toda esta alegria, esta vontade de sorrir, esta força. Senão não serás mais do que um fardo nos ombros de alguém. De alguém que, mesmo que agora veja peixes verdes nos teus olhos, cederá ao cansaço de te fazer feliz.
O recado é só um: Basta-te.

[É que o bolo de que se gosta não é aquele que precisa que lá coloquemos a cereja. É aquele que já a traz. If you know what I mean.]

segunda-feira, 6 de junho de 2011

(fug) Indo?

[desconfio que há estradas que não têm fim e lugares que nunca serão encontrados]

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Li...


... que a única oportunidade que os adultos têm de achar que têm o melhor do mundo acontece quando se apaixonam.
Em tudo o resto tornou-se impossível. Ninguém acha que tem a melhor casa, o melhor carro, o melhor emprego do mundo, falta sempre alguma coisa, algum detalhe podia ser melhorado. Mas quando um adulto se apaixona, não. Quando um adulto se apaixona, então tem a certeza de ter o melhor do mundo. O seu homem ou a sua mulher estão acima de qualquer outro ou outra. São os melhores do mundo. Com toda a certeza.

[com toda a certeza, mesmo]

segunda-feira, 23 de maio de 2011

P'ra escrever 500 vezes...



... até que aprenda, e aprenda a calar-me. Calar-me num silêncio que não seja mordaça, mas paz. Por não ser preciso lembrar, nem bradar ao vento. Por ser sabido, respirado e vivido sem margem para dúvidas.

"A admiração exalta, o amor é mudo"
[diz, tão bem, o povo]

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Breathe in deeply...

... and shush, stay. Firmly and quiet.
O amor é, de facto, feito de calma, paciência e da capacidade de respirar fundo e entender, mais do que daquilo que o outro precisa, do que não lhe faz, mesmo, faltinha nenhuma naquele momento. É feito também de constância, de concentração naquilo que realmente importa, quando à nossa volta tudo se agita.

[E é tudo possível. Garanto.]

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Le love

Que não devemos tomar o do outro por nós como certo, é mais que sabido. Tal como o nosso pelo outro - desengane-se quem jura a pés juntos que não é assim - não é incondicional.
É que o amor, a tal coisa do coração, vive na nossa cabeça e explica-se. Explica-se e percebe-se, mas só para quem se der ao trabalho. Feito isto, só não cuida do amor que tem, quem for tonto. Ou não o quiser. E nesse caso o fim está garantido.

[digo eu]

segunda-feira, 2 de maio de 2011

...


... c'est moi.
É o que se descobre quando se inspira profunda, profundamente. Tanto, que os pulmões ficam cheios, cheios de ar, felizes, num abraço apertado das costelas.

[quem é consegue não se oferecer um sorriso depois disto?]

Tu m'aimes, moi non plus

Não creio que as haja piedosas se piedade é coisa que não nos interessa e o que realmente queremos é que nos olhem nos olhos e nos digam, a direito, sem rodeios, a verdade.
Esta última, por muito dolorosa que seja, não se compara à humilhação de não termos merecido por parte do outro um tratamento digno.

[acontece]

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Ave rara?

Juro que por vezes me sinto isso mesmo, uma ave rara, quando digo, insisto e repito que o melhor dia da semana é a segunda-feira. E insisto não obstante os olhares oblíquos de quem, lá por dentro, diz tadita-não-tem-vida-própria-é-o-que-é,-ou-odiaria-as-segundas-feiras-por-lhe terminarem-com-o-dolce-fare-niente-do-fim-de-semana. Nada disso. Sou apenas uma abençoada, que gosta mesmo muito da profissão que tem (porque a escolheu) e que vê, em cada segunda-feira, uma oportunidade renovada. De fazer de forma dedicada aquilo que (também) a faz muito feliz - aprender e ensinar.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Qué?

Tenho dias assim, em que não basta a tendência para verter disparates como também tenho o ouvido sintonizado para a asneira. Receio que um dia isto dê mau resultado mas, até lá, vou-me rindo. E muito.
Só ontem foram duas seguidas, nas notícias das 20:30 da TSF. A primeira foi que "Os advogados da Juliana Sanches tinham contestado o pedido de extradição ..." e eu Qué? Quem raio é a Juliana?, para logo a seguir fazer-se luz e me escangalhar a rir quando continuam "... formulado pela Suécia". Ainda me ria sozinha, ao volante, quando disparam um "Ciganos no Facebook". Passou-me o riso num ápice e esperei com alguma indignação o resto da notícia. Por que diabo seria notícia a etnia de quem anda pelas redes sociais?
Não havia notícia. Apenas mais um convite: Siga-nos também em www.tsf.pt ...

[quem tiver um sonotone a mais, já sabe...]

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

A minha casa...


[... porque tudo mais são apenas coisas.]

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Isto...

... e o sentimento de redenção que nos [me] chega pelo trabalho. O braçal, sobretudo. Ao serviço de outrem, por um bem que não é directamente o nosso. Sem fazer alarde [a não ser cá dentro].

A simplicidade é a coisa mais complexa que existe. Porque exige que se conheça a complicação para se saber que é desnecessária; que se chegue ao excesso para saber reconhecê-lo; que sejamos egoístas até percebermos que nos isola; que acumulemos até nos sentirmos sufocados. Um dia acordamos e decidimos que muito do que temos feito está errado e que é tempo de mudar. Livramo-nos de um bocado de cada uma destas coisas e achamos que vamos no bom caminho. Mentira. Apenas arranjámos mais espaço, mais espaço para coisas novas.
É preciso fazer muito mais. Cá dentro. É preciso aprender a paciência e o valor do tempo; que o valor real de cada objecto, ao contrário do que tantas vezes pensamos, é inversamente proporcional ao seu preço, porque o que pagamos é o cativeiro.
De todos, os exercícios mais difíceis são o da dádiva e o da gratidão. O primeiro, porque só começa verdadeiramente quando dói e não quando se dá aquilo de que se não precisa, e o segundo porque exige que o centro do mundo se desvie do nosso umbigo.

[por cá estamos com dificuldades; todos sabemos como é difícil alterar o eixo de rotação dum planeta, não é?]