terça-feira, 17 de março de 2009

No meu placcard - Size matters


As mentiras pequeninas têm o dom de conferir a quem as diz a sua dimensão: de pequenez.
(digo eu)
Não é que as mentiras grandes sejam mais aceitáveis, não são. Mas há o medo, a cobardia, tanta coisa que poderá motivá-las. Agora as pequenas... que estatura tem quem não consegue evitar nem essas?

2 comentários:

Anónimo disse...

Por muito coerentes que pareçam, à partida, determinadas afirmações/conclusões, a minha natureza inconformista, impede-me de as aceitar, assim, sem mais.
Porque se é importante parecer, não menos importante é ser.
Ora, se a mentira grande ou pequena, é apenas a outra face da moeda, leia-se, da verdade e se não existem verdades absolutas, porquê, serem apenas as mentiras (grandes ou pequenas) a conferirem dimensão, leia-se, caracter (mais ou menos negativo) a quem as profere?
E as omissões, que estatuto assumem?
E qual a dimensão que conferem a quem as profere?

Alex

Mutante disse...

Alex,

Antes de mais, obrigada pela visita e pelo comentário.
Penso que este assunto poderia ser discutido quase eternamente sem que chegássemos a uma conclusão, pelo facto de, como disse, não existirem verdades absolutas.
O que penso e que sinto, e é o que acho que importa, é como lidamos com cada situação. A minha experiência faz-me crer que reagimos de forma diferente e damos importância diferente ao que sucede conforme o nosso estado de espírito e conforme as circunstâncias do momento.
Dou um exemplo: o post que comentou foi originado por uma mentira que me foi dita de forma gratuita, em jeito de justificação a uma pergunta que eu não tinha sequer feito. Irritou-me e senti-me desrespeitada. Passado tanto tempo, penso que essa mentira pode ter sido mera falta de jeito, uma tentativa desastrada de não me desagradar.

E a omissão? É outra questão muito difícil. Esta tem, a meu ver, muito a ver com privacidade e respeito. Pelo próprio e por aquele a quem algum facto é omitido. Ter-se-á de avaliar quem tem direito a quê: quem omite à privacidade e a quem é omitido o direito de saber. Provavelmente haverá desacordo. O que fazer? Não tenho resposta, obviamente.

Creio que todos temos o direito de nos sentirmos e ressentirmos com as acções dos outros, tal como os outros das nossas. Caberá a cada um tentar gerir da melhor forma, de preferência com respeito por si mesmo e pelos outros. Um dia de cada vez. E de forma flexível. Afinal, tudo muda.

Acho eu. Creia-me, não estou a tentar convencê-lo de coisa alguma.
Tenha dias felizes.