
Ela sabia da distância, do silêncio, da impossibilidade expressa. Como sabia que ele sabia dela, porque ela lhe deixava recados. Afixava a alma num local público por onde ele passava. Lia quem quisesse mas, sobretudo, lia quem ela queria que lesse. Ele lia. Daqueles, dos outros, alguns liam recados, outros reviam-se nela - há uma tendência grande para a compaixão...
Ela, sempre que lhe escreve, sorri. Decidiu sourire a n'importe quoi.
Ele saberá, ou não. Mas que importa? O olhar dela perde-se no horizonte, não nas pedras da calçada.
11 comentários:
Só na última frase é que percebi quem é "ela". Já dele não sei patavina. Mas também não importa, pois se ela é feliz assim, eu também sou.
PS: Fazes-me bem.
É feliz, sim. Sobretudo desde que decidiu passar a sourire a n'importe quoi. E dele, nada sabe e não se importa. Só lhe escreve porque lhe faz bem.
Muito, muito bonito... mas quem é ela?
Ela... Ela é a mulher que arruma gavetas e que tenta deitar fora a amargura. Que do passado guarda duas coisas: as lições e as memórias boas. Que vai descobrindo, a cada dia, cada vez melhor, quem é. Que sabe o que não quer e em quem quer tornar-se. E faz por isso. Que se alegra quando avança mas que também sabe que virão dias em que se desesperará. Nesses dias, sabe que tem de ser paciente consigo mesma e amar-se mais um pouco. Que trata de se educar como educa os filhos- tout doucement. Porque só o que é feito com amor fica, realmente, bem feito.
Esta mulher tem todos os nomes.
... e sabe que sabe muito pouco.
que Mulher extraordinária :)
Mana,
Estou com a ligeira impressão de que estás a ri-te de mim. Não comigo nem para mim.
Ai, ai!
Água, mana. ;P
ai que as manas zangam-se... :)
Água, Anónimo. Água! ;P
Chove tanto por cá :)
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