quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Maçãs, simplesmente

Ontem à noite, quando já tinha perdido a noção da hora, quando na rua já se tinham calado todas as vozes, descasquei e cortei as maçãs, das amarelas e das vermelhas, e pu-las a dormir cobertas de açúcar e um pau de canela para mimo. De manhã, bem cedo, ainda o sol não se tinha levantado, lume lento. Ali ficaram, fervendo docemente. Mais tarde, foi acordar com o perfume doce espalhado pela casa e a delícia que é ter compota morna ao pequeno-almoço.
A vida sem estas coisas não me sabe ao mesmo. Faz-me falta que me saiam das mãos coisas que abrem sorrisos.

Acredito que a doçura existe dentro de todos nós mas a maravilha só se dá quando ela transborda.

6 comentários:

Alexandra disse...

Adorei a descrição... e pus-me a divagar: quando se ama, basta um sorriso para que transborde a doçura. (É que, por vezes, não há maçãs, nem canela, nem manhãs para despertar das noites, nem casas com lume. Na rua, há vozes que nem sequer se ouvem, nem dormem.
Que sorte temos nós com esta felicidade que nos é entregue quase de bandeja! Estejamos gratos e usufruamos plenamente dela! Um xi-<3 apertado.

Alexandra disse...

Adorei a descrição... e pus-me a divagar: quando se ama, basta um sorriso para que transborde a doçura. (É que, por vezes, não há maçãs, nem canela, nem manhãs para despertar das noites, nem casas com lume. Na rua, há vozes que nem sequer se ouvem, nem dormem.
Que sorte temos nós com esta felicidade que nos é entregue quase de bandeja! Estejamos gratos e usufruamos plenamente dela! Um xi-<3 apertado.

Tiago Coen disse...

E há compota dessa tão terna para partilhar com quem tenha também sempre o sorriso aberto?
; )

Mutante disse...

Desta, desta, já não há, já se comeu... Mas haverá das seguintes. Para partilhar, que é o único gesto que dá valor às coisas.
:)

Alexandra disse...

<3

Tiago Coen disse...

Vamos, então, todos esperar por essa maravilhosa partilha!
; )