quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Don't


Rosno um Don't... lento e ameaçador de vez em quando no trânsito, que é onde mostramos o que somos. Mostramos aí, no futebol a que não assisto e à mesa de jogo onde em criança tentava fazer batota se me via em risco de perder. Hoje lido bem com a derrota, se esta for ditada pelos dados.
E é só.
De resto, não gosto nada, mesmo nada, de perder. Quando acontece, tolero a derrota, revejo as jogadas, preparo-me e volto à carga. Pode ser muito tempo depois, mas volto. Percebi que tenho dificuldade em esquecer e deixar passar certas coisas e disso não sei se m'orgulhe ou se m'avergonhe.
Mas adiante que me desvio. Era sobre o rosnar Don'ts que queria escrever. Porque no outro dia, depois dum desses Don't, me saíu a frase completa, o Don't touch my Breil, sussurrado como no anúncio da TV, e pensei como somos, tantas vezes, sensíveis a que mexam no nosso espaço ou nos nossos pertences.
Por isso e porque hoje levei um Don't e isso pôs-me no lugar. Cada um de nós tem pontos delicados e sensibilidades, imperceptíveis aos olhos dos outros, que, tantas vezes sem qualquer má intenção, lhes tocam e fazem mossa.
Vou estar mais atenta e ... Promise won't touch your Breil again.

Your Facebook I mean.

5 comentários:

Alexandra disse...

Provocaste-me (once again) um prurido chamado curiosidade. Isto requer conversa de bastidores ;)

Mutante disse...

Curiosity killed the cat, didn't you know that?
Kiss, kiss... bang, bang!

Alexandra disse...

Sim, sei. Não sabia o que era um Breil: segui o link e aprendi. Mas há muito que sinto um prurido chamado indignação por tanta gente não-me-toques e com a mania da superioridade.

Mutante disse...

O ar de superioridade não é, senão, uma fachada. O que se passa lá dentro tem outro nome: fragilidade. Daí tanta sensibilidade, tanto não-me-toques, tanta desafinação.
Não falo de cor. Sei-o porque isso acontece comigo. E não sendo eu jóia rara, tenho a certeza que acontece com toda a gente. Só que nuns menos e noutros mais. Muuuuuuito mais.

Temos pena, né?

Alexandra disse...

Também sabia. Na mouche once again. Temos pena, ai pois temos.