terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

8.1

O relógio, o cá de dentro, o da bomba que transportamos e nos marca a cadência como nenhum outro, acordou-me antes das oito, muito antes. Foi de forma que às oito, com o CATEYE a zeros, me fiz à estrada e aos precalços.

Antes disso diverti-me a entrar no fato de ciclista que o B. me deu há dois anos. Coisa de profissional, high tech e high quality, um xs almofadado no traseiro comme il faut e convém mesmo a quem não tem próstata, e estampado de publicidade, que estas coisas custam couro e cabelo. De todas (e há muitas!), a que me gusta mas é a da Troiamarisco, que me dá direito a uma lagosto(so)na estampada. Corta vento por cima e lá escapei aos "Eh, pitéu!" que servem mais para rir do que para massajar o ego.

Seguiram-se precalços, pois claro, desde os pneus, que estavam pouco cheios e a roda de trás um tanto empenada, até à estação de serviço dos bombeiros, com a bomba de ar fora de serviço. Fui à Galp. Equipamento melhorado, mãos pretas a lembrar as dos mecânicos de garagem, e pronta para ir saber dos flamingos. Zero, só um bando gaivotas, lá ao fundo onde o rio ainda não tinha chegado. Não me distraí com muito mais, sob pena de ter um acidente. O piso é péssimo e o trânsito perigoso. Desviarmo-nos instintivamente dos buracos do pavimento pode significar levar uma panada dum carro.

Regressei feliz da vida, com os olhos, por deformação profissional, a mania dos números e do rigor, a controlar o CATEYE para que DST marcasse 8.00. Oito.

Experiência a repetir até ao infinito, que é, como às vezes oiço dizer, um oito deitado.

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