quarta-feira, 20 de maio de 2009

Síndroma de carpa dourada


Cada um tem aquilo que o puxa. A mim calhou ser o rio.

Hoje almocei à sua beira, olhando as tainhas. Nadam ora em pequenos grupos ora sós nas águas de brilho nacarado do óleo dos motores e tantas vezes opacas do que Lisboa ainda despeja no Tejo. Junto às docas, entre os veleiros, onde a água do rio reflecte o azul do céu, fazem piruetas quase ao jeito da Esther Williams e têm um ar alegre, de quem está de bem com a vida.
Pouco se pesca tainha, quase sempre por diversão. No anzol vão só as mais tontinhas, as que se julgam promovidas a carpas douradas.

As tainhas são do rio, mas não é preciso lá ir para ver disto.

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