quarta-feira, 1 de abril de 2009

Adeus

Tenho saudades de ter vontade de escrever.
Quando a primavera chegou, o sol e o calor já tinham aberto os sorrisos, o meu também. Mas só por fora. Por dentro há semanas que procuro a quietude, que preciso de tempo para pensar e para sentir. Alguém em quem confiava falhou-me. Ou desencontrámo-nos. Ou evoluímos em sentidos que dificilmente nos juntarão novamente à mesa, frente a frente, que é o melhor sítio para se estar com os amigos. Porque se encontram os olhos sem que um tenha de olhar de baixo e outro de cima.
Preciso de sossego para aceitar as diferenças, guardar as memórias boas e seguir.
aDeus. Que te acompanhe e te faça melhor.
E a mim também.
Por falha, neste caso, entenda-se contar mentiras. Que é diferente de responder com mentiras a perguntas indiscretas - isso pode ser uma questão de falta de coragem ou de assertividade. Daí a minha dificuldade em entender. Em entender a escolha por esta via, a da mentira gratuita. É que gosto tanto da minha cabeça erguida, do direito a contar da minha vida apenas aquilo que quero e dizer, com um sorriso, a isso não te respondo quando sinto pisada a linha que demarca a minha privacidade... Há gente que não quer crescer. Resta-me respeitar e conceder-me o direito de não querer tais companhias. Por respeito a mim mesma - a primeira pessoa a quem devo honestidade.

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