quarta-feira, 15 de abril de 2009

Feira

É vaidosa. Tanto que se torna excessivamente prestável e solícita sorrindo à sobrecarga desde que os outros a reconheçam como carregando o mundo às costas. A vaidade sedenta tem destas coisas, de se confundir com bondade...

E a mim nada disto teria incomodado, não fosse ter colidido com a minha própria vaidade. Resta-me alegrar-me por me ter contido deixando-me ficar calada. A astúcia não permite a língua demasiado solta e eu ambiciono a primeira... Preferi não abrir a boca por causa da tal coisa, de por lá morrer o peixe. É que eu, talvez mais vaidosa ainda, quero a vaidade de já não ter vaidades mas apenas rir-me delas.
Talvez um dia melhore a sério. Para já, apetece-me apenas refinar-me...

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