segunda-feira, 8 de junho de 2009

Irei, um dia.


Não tenho planos grandiosos a curto, médio ou a longo prazo e isso por vezes entristece-me. Nessas alturas acende-se aquela vontade de partir, de deixar tudo para trás. Chegar a um porto novo, queimar os navios e obrigar-me a uma vida nova.
Depois sei que seria igual, que não é uma questão de paisagem nem o pertencer a um lugar. Não adianta se do que se precisa não é de mudar de ares mas de um coração novo.

Sei disto e foi do que me lembrei quando dei por mim e verificar, ponto por ponto, que cumpria os requisitos enumerados num anúncio que encontrei numa newsletter que recebo e se dedica à divulgação de emprego científico. Era na Austrália.

Outra coisa que sei é que não é a grandiosidade dos planos que me faz feliz. É o quão bem faço aquilo a que me dedico, por insignificante que seja, mas que acrescenta brilho aos olhos daqueles que amo.

Ainda assim, receio que um dia vá mesmo.

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