quinta-feira, 18 de junho de 2009

"Tão cedo passa tudo quanto passa"


Os últimos dias não foram diferentes do que pensei que pudessem ser, foram só diferentes do que desejei. Afinal, são tão poucas as coisas que correm como o planeado, quanto mais como o que se deseja, que é sempre a conjugação de tudo o que se acredita ser de melhor.
Ao rodopiar de esperanças sucede a calma. Lembro-me de fazê-lo em criança, de recriar no balde da praia, sem saber, aquele que viria a ser o modelo das minhas emoções: um terço de areia, dois terços de água, mexer bem, com toda a força, gerando um remoinho. Depois observava. Deixava que o remoinho cessasse, a areia assentasse e a água recuperasse a limpidez para fazer tudo de novo.
Já não provoco remoinhos mas sinto-os chegar. Nessas alturas sei o que se seguirá, o turbilhão, a visão turva, a inconstância, como sei que a limpidez voltará. Como hoje, em que ficou tudo claro.

Não acredito no que escrevi. Provoco-os.

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