
Os últimos dias não foram diferentes do que pensei que pudessem ser, foram só diferentes do que desejei. Afinal, são tão poucas as coisas que correm como o planeado, quanto mais como o que se deseja, que é sempre a conjugação de tudo o que se acredita ser de melhor.
Ao rodopiar de esperanças sucede a calma. Lembro-me de fazê-lo em criança, de recriar no balde da praia, sem saber, aquele que viria a ser o modelo das minhas emoções: um terço de areia, dois terços de água, mexer bem, com toda a força, gerando um remoinho. Depois observava. Deixava que o remoinho cessasse, a areia assentasse e a água recuperasse a limpidez para fazer tudo de novo.
Já não provoco remoinhos mas sinto-os chegar. Nessas alturas sei o que se seguirá, o turbilhão, a visão turva, a inconstância, como sei que a limpidez voltará. Como hoje, em que ficou tudo claro.
Não acredito no que escrevi. Provoco-os.
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